Primeira Página *

Alguma cidade qualquer do Brasil, 01 de novembro de 2012

À camisa verde limão que hoje visto, 

Enfim, hoje acordei de maneira inspirativa remando contra a minha própria corrente. Abri o guarda-roupa de maneira displicente e lá estava você, camisa verde limão. Lembro-me bem que foi forçadamente que você veio parar aqui, durante uma de minhas viagens ao Rio de Janeiro. Minha mãe bateu o pé que eu estava usando cores deveras mortas para alguém tão cheio de vida. Então, pegou a camisa mais chamativa que havia em todas as lojas do mundo e me deu de presente. Nunca usei. Até hoje. Acho que por vergonha. Não sou do tipo que gosta de chamar muita atenção ao sair nas ruas, pelo menos não tanta atenção assim. Por falar nisso, hoje também não fui à aula. Por nada. Não quis ir. As coisas estão girando na minha cabeça, gritando, agindo como acidulantes, tão ácidos quanto o verde que hoje trajo à rigor. Obrigado, Camisa Verde, por ter me enchido de vida. Ou quem sabe a vida já estava aqui. Quem sabe (...) 


Comentários

  1. Muito doido ver você brincando com os generos, muito gostoso nen.
    Aqui você usou o marcador de diário, mas eu acho que tem um certo ar de crônica, acho que te faltou a maldade na época (com razão), quem sabe dá pra trabalhar esse texto?

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