Se não fosse quem soca *
Meus primeiros ímpetos dizem bem o que eu sou. Tenho tido umas vontades loucas de fugir, de viajar pra bem longe ou quiçá bem perto, não sei ao certo. Verdade seja dita, pouco sei. Abuso dos sambas, das cordas bambas, das pessoas que não sabem amar. Vejo meu reflexo no espelho e procuro detalhes com os quais eu me identifique. Não há nada. Nunca houve. Nessa busca pelo "torna-te quem tu és", me tornei exatamente a expressão da inconstância, da ansiedade, agressividade e egoísmo. Meu mundo parece tão diferente que, sinceramente, não é mais meu. Não tenho amigos, não tenho pai, não tenho casa nem rumo. Talvez eu não tenha nada. "Talvez, se eu fosse menos louca..."
Comentários
Postar um comentário