Ces't la vie *

"A vida é a arte do encontro". Ponto. Tudo que aconteceu foi desdobramento dessa frase, desse amontoado de letras, que definiu meus últimos dias, meus últimos choros antes de dormir. Tudo que a mim chega é na tentativa de encontrar - sentido, pessoas, ambições, cheiros, sabores, sensações, alguéns. E porque não, desencontrar-me? Arde em mim uma dor aguda, que dilacera minhas emoções e me embala num barco pesado como chumbo, tão pequeno quanto eu. Vou por ai me guiando, me corroendo, me esbarrando, me encontrando. E quando eu acho que não posso mais me perder nessas trilhas de encontros, encontrei em ti um muro para todas minhas lamentações. E um desejo que puts, nunca imaginei lidar. Sinto tudo com uma intensidade de ferida aberta em que se joga sal. Não sinto. Sou. Sou a intensidade que me ergue no meu pesado barco, meu pesado fardo, minha leve escuridão. 

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