Afterall *
Não sei bem por onde começar. Acho que filmes de romance comercial não são pra mim. E não é só porque eu me autodeclaro diferente ou dotada de preferências peculiares. Mas por uma questão de perspectiva. No filme que vi, o personagem morre no final. Assim como todos nós, doentes ou não, sadios, bonitos, amáveis. Ou não. Da nossa história, pelo menos nesse plano de história, tudo tem um ponto final. Talvez seja difícil aceitar, eu sei.
Eu fiz algumas escolhas, nesses poucos anos de vida. Uma delas, inclui estar em constante mudança. Optar por mudar é dizer adeus à velhas propostas, à concepções que já não nos cabem mais e ter a sensação de que crescemos tanto que não cabemos em lugar algum. Porém sempre existe outros lugares, outras pessoas, outras ideias. Existe um amanhã, até que nada exista, ou até que tudo faça sentido. Acredito que viver se despedindo seja uma boa forma de viver. O segundo que acabou de passar, morreu. Ninguém chorou, não aconteceram funerais e nem leituras sobre ele. E talvez ele tenha sido muito importante pra alguém. Talvez. Não nos celebramos, não comemoramos nossa capacidade de nos reinventar e nem o deus Tempo. Encaramos o fim a todo instante. Somos feitos de fim, de começos, de funerais. Somos matéria e alma, e sendo otimista, os dois são uma coisa só. Carpe Diem pra mim nunca fez tanto sentido.
Take me back to where I was born
Where the city shines
I was born nowhere, my soul cries
Crises. Lives. I do not know who am I
And I don't wanna know, afterall.
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