DEIXA.
seu cheiro fica em mim como um cigarro fumado aqui na sala de casa
e me espalho toda pela cama relembrando seu gosto, seu gozo, seus gemidos
meu corpo pequeno entrelaçado no seu, como se tivéssemos nascido grudados
e jogo pra saber se já te conheço, se sei de onde veio...
escrevo e apago todos os poemas que já fiz pra te entregar
de um jeito intenso, útil e destrutivo, na mesma proporção
me pergunto se você está só de passagem, ou se quem passa sou eu.
hoje só quero que você fique. complicado, perdido, cansado.
fica!
deixa eu te ver acordar e se encher de vida ao me ver do teu lado
enquanto adormeco olhando as estrelas em seu olhar
e nos nossos desencontros, nos encontramos escondido
vivendo um amor complicado, visceral, ordinário, bonito.
deixa eu bagunçar você por inteiro, te fazer um filho, decorar tua casa
alargar seu espaço que tá muito pequeno pra caber a grandeza que é você.
deixa?
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