Filtro *
Tenho sonhos demais para filtrar, num daqueles filtros de café, que deixam o pó de lado, uma poeira triste e vazia, que se reúne de tempos em tempos. E colocar tudo isso junto é confuso e inesperado. Fazer deles algo tragável, que escorre quente pela garganta arranhada, tecendo calafrios diversos, é o que eu preciso. Então terei líquido de sonhos correndo dentro de mim, num vai-e-vem de mar, travesso como Capitu, traiçoeira como arapucas pela mata. Resultado de química pura, destruição e reconstrução noturna. Suco daquela menina em forma de versos.
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