E você não pode parar agora *
Tem dias que eu não tenho tido um dia feliz. Acho que pelo sentimento de intensa pressão e tristeza, de abandono, de inutilidade. Hoje eu cedi. Meu corpo sentiu e eu não pude ficar pior. Estou doente. Minha cabeça dói, meus cabelos estão caindo, cada milímetro do meu corpo dói e parece que, em uma reconstrução moderna do gigante grego Atlas, eu carrego o mundo todo nas costas. Porém, eu recebi uma ligação, de quem eu não costumo atender... minha avó. Acho que nossas concepções são tão divergentes no tempo, que eu prefiro me ausentar e continuar amando-a à distância. Ela ligou pra me pedir perdão. Não sei bem pelo o que, mas eu chorei tanto, mas tanto, que não sei mensurar. Perdão por ter me ajudado a criar, me ajudado a ser battleborn, a viver sozinha, de pé, fazendo compras sozinhas no supermercado. Disse que Deus falou com ela. Acho que se Deus não existisse, inventaríamos, como bem disse Francis Bacon, eu acho. Há 17 dias da viagem da minha vida, estou deprimida. Plantei meu pé de morangos bem longe daqui e não tem ninguém pra me ajudar na colheita. Não reclamo, sou battleborn.
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