Do Amor (dia 7)
Como é doce o engano de quem se deixa levar por mentiras de um falso amor. As tais promessas longínquas e imagens velhas de amantes felizes sempre retumbam dentro do peito, progredindo para um aperto, ressaltando a solidão. E eu que evitei, tropecei entorpecida pelas calçadas e me armei moralmente para que meus erros da juventude fossem perdoados, cá estou. Deitada num vazio, tecendo lágrimas do mais reprimido sentimento. Qual o sentido de tudo isso? Por que meu corpo guarda as reminiscências do nosso prazer? Minha mente vaga entre o balanço de um mar distante e o calor arrebatador do verão no cerrado. Borda na minha alma traços grosseiros e malfeitos. Eu não pertenço a mim mesma.
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