Tragédia
No lamento febril desta primavera, eu bailo doce e insana sobre meus calcanhares. É que tu me atiraste ao fundo do ribeirão cheio de lama. E nos detritos tóxicos, padeceu fria, mórbida e descompassada minha alma de mulher. O resgate soava distante e sufocada pelas camadas de terra molhada, meu grito se cortava. Eu nadava como se houvesse Mar. Do lado de fora gritavam-me Ana. E fui me perdendo, certa de que comigo vinham mais, muito mais.
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