Tic-tac *

Acordei hoje no ritmo da garoa. Recordei-me daquele dia, não sei se você se lembra, em que seu relógio de pulso quebrou. Estávamos no meio do cinema, e eu me ofereci para guardá-lo. Todas as vezes que nos víamos eu me esquecia dele, e você também parecia não se lembrar. Mas hoje eu lembro. Porque em horas ímpares ele faz um barulho desajustado, como que pedindo piedade, para que eu saiba de sua exisência. E por mais que eu ignore, que finja não ouvir, quando eu menos espero ele soa, a me despertar. Não reclamo.

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