Ruído *

Sinceramente, não sei o que pensar. Agonizo por horas, tentando ligar as informações, tentando observá-las de um modo diferente, tentando agir normalmente. Não sei o que está acontecendo. Parece que todos me ouvem, mas ninguém compreende. Falo uma língua estranha, de uma amante distorcida, barroca. Sou o conflito puro, o equilíbrio dinâmico do feliz e do triste, correndo dentro de mim, coexistindo irritantemente a todo tempo, tornando-me aflita, neutra. Passo pelos dias congelada, sem saber o que fazer. A poesia de mim fugiu, toda musicalidade juvenil pareceu emudecer subitamente. Ó sorrisos, ó amigos, ó juventude! Onde estão que não os encontro, sob essa densa fumaça que por meus olhos se estende? Sobre minha mente que nada entende? Sobre o amargo das minhas doces palavras...? (Garanto que o verei em breve, querido.)

Comentários

  1. Eu gosto muito desse, parece algo meio Cazuza. Talvez precisasse de uma intenção diferente, mas é a melhor construção até aqui cronologicamente.

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