Acalento (ou não) *

A chuva me faz lembrar de alguns choviscos do teu olhar. Entender o que acontece não me fará mais satisfeita ou completa, apenas quebrará mais o que ainda sobra de um sentimentalismo barato em frangalhos. Procuro me ater ao propósito dos cosmos para nossas almas tão esparsas. Procuro me encontrar nos dias que nos faltam. E de tanto suspirar com dor, acostumei-me em desencantar com os novos que me aparecem com o intuito de te tirar de mim. O novo só me arromba e me encontra vazia, desnuda, murcha, seca. As perspectivas se somam a cada passo, sem fazer com que eu me esqueça por um sequer segundo. Eu digo adeus como quem vive. Movimento-me pelas nuvens da mesma chuva por onde comecei. Deixo que o vento me empurre. Não preciso de explicações, não preciso de promessas, tampouco certezas. Apenas você. 

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