Do amor (dia 46)

Sou tudo exagerado. 
Excessivamente espontânea, chego até parecer falsa. A quem quero enganar com tais mordidas que sopitam de alguém que mora dentro de mim. Da boneca russa da minha alma. Das camadas sem fim que começam a girar e a girar, das mensagens que eu capto para serem enviadas a outro alguém. Sou correio de uma existência promissora, que acabou em seus presságios de começar. Dói ser a sobra. Dói sobrar. 
Não ser respondida. 
Não ser alvo de tuas correspondências noturnas. 
Não saber o que quero, ao certo. 

Comentários

Postagens mais visitadas