Luzes Bruxuleantes *

Carta do dia 31 de Outubro, ano 2012

(Manhã clara e amena, verde das árvores retumbando na vista. Aula de Matemática do Colégio Militar - BH) A cerca do Futuro: escolhi o dia de hoje, não sei ao certo o porquê. Talvez seja pela irreparável atmosfera de dúvidas adolescentes, ou por qualquer outra coisa. A intenção era somente deixar registrado as aspirações de alguém que só tem a esperar. Queria deixar claro, que mesmo sendo clichê, almejo à felicidade. Um conceito deveras metafísico. O que coloco à prova são os meios cujos quais usarei para atingi-la. Durante muitos anos resumi tal felicidade em sucesso profissional e, confesso, é uma das poucas coisas que me vêm na cabeça. O fluxo da minha felicidade não contém "meio". É baseada em pólos, do futuro imediato e do futuro (tão mais) distante. Tratarei nessa carta os aspectos mais banais que eu encontrar. Primeiramente, eu gostaria de ir ao teatro à noite. De preferência uma peça dramático-poética, de média duração. A companhia não importa, desde que entre nós haja silêncio. Silêncio para que eu possa apreciar a calmaria da noite. Gostaria também de ir à um concerto de samba na praça, um evento boêmio. Quem sabe um cinema, numa tarde quente de sábado, o filme não importa desde que a situação me arranque suspiros ridículos. Poderia também ir a pé até a lagoa ver o sol se pôr. Devaneios sem explicação de ser, de fato. Certa vez me disseram que sou um espírito livre. Refletindo acerca disso, pode ser que seja verdade, sendo meu individualismo, liberdade. Meu instantâneo desejo é apreciar a calmaria da manhã. 

Srta. Otimismo (*) - AR

Comentários

  1. Porra amiga, que lindo esse... eu não vou falar nada, só vou deixar vocês conversarem entre vocês mesmas.

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