Sinfonia *

Onde haviam fotos; agora postais. Tudo em mim se resume agora numa viagem, num cruzeiro pelo mar de águas agitadas, que balança e atraca no mundo inteiro. Me abri ao novo, ou apenas me abri; tudo é o novo; tudo é de todos; eu sou de tudo; e apenas um sentimento imperialista me domina, aquela vontade imensa de apenas zarpar, de me doar incondicionalmente à todo e qualquer lugar que me aguente, que me alimente, que me abrigue. Preciso de barulho, de frio, de amor, por favor. Quero a beleza, quero coisas maiores, apenas desejo a mim mesma de uma maneira oblíqua. Pois que então se abram as janelas, pois que se abra. Que eu role pra dento das profundezas de mim mesma, descobrindo trilhas fechadas e tendo mais certeza de que eu estou somente me tornando aquilo que eu realmente sou. Porque tudo que é bom está longe demais para ser alcançado. Eu estarei longe um dia, mas não tão longe que não me alcancem. Apenas longe o suficiente para ser bom. 

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